Desavaliação é pior que não avaliação.
Fingir que se faz avaliação, quer aos alunos com provas escandalosamente fáceis, quer aos docentes com provas de resistência para aguentar montanhas de reuniões inúteis e preencher toneladas de papeis, só serve para enganar os papalvos.
Estas provas de resistência lembram-me o filme "Os cavalos também se abatem". Ganha quem tiver mais resistência, não quem dançar melhor.
Estes dirigentes consideram-nos todos burros.
Andam a fingir que fazem avaliações.
Poupavam mais dinheiro se dissessem claramente que todo e qualquer aluno que se inscrevesse estava automaticamente aprovado.
Quanto aos professores, poupavam também muito dinheiro e tempo se lançassem uma moeda ao ar para decidir quais os docentes que acedem a uma categoria superior e quais ficam na categoria inferior.
Seria muito mais honesto, claro e transparente das verdadeiras intenções deste governo: poupar nos custos do ensino público, para ter dinheiro para mais obras de betão.
Não à destruição do ensino, ao experimentalismo pedagógico e didáctico, à desavaliação dos alunos, à burocratização, domesticação e... difamação da função docente.
É a política espectáculo.
Em tempo de crise, de desemprego generalizado, o melhor show é a submissão dos que precisam dos euros, às maiores tropelias, para gáudio dos espectadores.
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