Na matemática o estudo dos sistemas dinâmicos e em particular das equações diferenciais fez-nos descobrir que há sistemas não determinísticos. Para alguns será de espantar que uma ciência exacta admita e estude evoluções em que não é previsível saber em que estado estará o sistema em determinado momento. Há soluções que partem de pontos infinitamente próximos e depois percorrem órbitas completamente diferentes, oscilando caoticamente e indefinidamente...
As órbitas homoclínicas partem de um ponto de equilíbrio, dão uma volta e retornam a esse ponto de equilíbrio. Quando estas órbitas se quebram transversalmente surgem então as órbitas caóticas.
Isto é matemática. Cada um destes termos tem uma definição precisa.
Mas o mais engraçado é que a vida real segue os mesmos princípios.
Podemos partir daqui para deambular sobre o dia a dia de cada um de nós e tentar perceber melhor o que nos vai acontecendo.
Há fenómenos determinísticos, sabemos, por exemplo, que a seguir ao inverno vem a primavera.
Mas também há muitos fenómenos não determinísticos. Quando iniciamos uma relação afectiva com outra pessoa, podemos usar de todos os conhecimentos que fomos acumulando ao longo da vida, mas mesmo assim nunca poderemos prever se essa relação vai resultar...
Enfim, isto é pura divagação... é só um começo...
é uma utopia tentar matematizar a vida... ou compreender relações amorosas através da matemática!
Menina dos Cravos, Amadeo de Souza-Cardoso, 1913.
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