Moralizar os gastos do Estado???!!!
O actual Ministro das Finanças acumula o vencimento de ministro com uma reforma do Banco de Portugal e tem a desfaçatez de vir pedir sacrifícios aos portugueses!
Com as actuais medidas, uma pessoa que seja "dispensada" depois de mais de 30 anos de trabalho numa empresa privada e tenha menos de 55 anos, fica a receber subsídio de desemprego. Até agora, estas "dispensas" eram feitas no pressuposto que uma pessoa se pode reformar antecipadamente, de modo que quando acabar o subsídio de desemprego, passe a receber a reforma. Neste momento, quando o subsídio de desemprego acabar, ficam sem nada! Nem vencimento, nem reforma, nem subsídio de desemprego! Nada!
Como é possível?
Digam-me por favor que estou enganada!
Aquele que agora recebe mais de 40000 contos anuais, vem com o maior à vontade retirar tudo, tudo a pessoas que trabalharam normalmente e que planearam a sua vida de acordo com certas regras que foram agora subvertidas. Uma pessoa que recebe mais de 6000 euros por mês, deixa pessoas que trabalharam toda uma vida, completamente incapazes de prover a sua própria subsistência!
Diz que é tudo legal. Provavelmente. O que prova que a lei está errada. Pois é imoral!
1 milhão de contos é quanto custará ao Estado os 6 anos de trabalho do Ministro no Banco de Portugal, se ele viver até aos 80 anos.
Demagogia é que seja legal esta acumulação de uma reforma com um vencimento, ambos elevados, quando outros cidadãos são tão duramente castigados pela má gestão (de que não são culpados) do erário público. É por privilégios destes e doutros (todos legais) que a despesa pública é monstruosa. Não é por causa dos pequenos vencimentos da generalidade dos funcionários públicos.
Ao fim dos 2 primeiros anos de funções no Banco de Portugal, alterou o regime de pensões, tendo esse novo regime sido aprovado por Sousa Franco, o então Ministro das Finanças. Desde essa data passou a bastar um único mandato como membro do conselho de administração para beneficiar de Regime do Fundo de Pensões do BP. Foi também nessa altura que os próprios salários dos membros do conselho de administração aumentaram significativamente. Quase triplicaram, pois deixaram de ser equiparados para efeitos de remuneração a gestores públicos.
O anterior ministro Bagão Felix, tem também uma pensão do Banco de Portugal, embora diferente da do actual ministro, mas suspendeu esse benefício enquanto esteve no governo.
Até no empréstimo da casa que está a pagar (devia em Fevereiro 55 899 euros), Campos e Cunha usufrui duma taxa de juro muito abaixo da taxa de mercado.
Moralidade????
Etiquetas: Política
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