Vejo neve da minha janela. Fui para a varanda filmar! Floquinhos pequeninos. Em Lisboa! Giríssimo.
O termómetro exterior marca 1 grau !!!
O parapeito da janela já está cheio de gelo.
Ontem fui ver o filme Match Point, de Woody Allen. Um belíssimo fime! Como ele retrata bem o conflito interior do Chris (Jonathan Rhys Meyers), o dilema entre uma paixão avassaladora e a vontade de não perder a confortável vida que tinha. O amor simples e calmo da mulher acabou por triunfar. A música operática de fundo dá-lhe uma ambiência adequada. Fiquei surpreendida como um homem pode ser capaz de matar a sua amada. Não há dúvida que o amor no masculino é diferente do amor no feminino! Sempre a aprender! A certa altura toda a sala de cinema estava suspensa, um silêncio total, quase um filme de Hitchcock. Mas nota-se o dedo de Woody Allen quando fala nas neuroses compatíteis num casal. They fit!
Curioso notar como uma qualidade pessoal, como o facto de ser visualmente atraente foi fatal para a personagem Nola, desempenhada por Scarlett Johansson.
Fica a constatação de que muito do que é relevante para o desenrolar duma história é muitas vezes fruto do acaso. Como uma bola de ténis que bate na rede e pode cair para um lado ou para o outro e assim tornar aleatório quem ganha o jogo, uma aliança atirada ao rio que bate num parapeito e cai no passeio ou na água, pode decidir que um crime fique ou não impune.
Neste caso o filme tem um final nada moralista, contrariamente ao que é habitual.
Mais uma vez se nota que muito do que acontece não é determinístico.
'I'd rather be lucky than good’
É assustador tomar consciência de que grande parte da nossa vida depende daquilo a que se chama usualmente sorte.
Será possível estudar e controlar a "sorte"?
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