"Acautelar a especificidade e reconhecer o importante contributo do ensino politécnico"
O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) teme que o processo de Bolonha não possa avançar já no próximo ano lectivo. [...]
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior prevê que cerca de meio milhar de cursos possam avançar segundo as regras de Bolonha. Para isso as instituições têm de apresentá-los até ao final deste mês, para serem aprovados. Só que, enquanto a lei não for promulgada pelo Presidente da República, o processo não avança.
Depois da versão final do decreto-lei ter sido aprovada em Conselho de Ministros, em Fevereiro, Jorge Sampaio decidiu não promulgá-la. Na semana passada, em entrevista ao Diário de Notícias, Sampaio justificou, dizendo que deve ser "possível salvaguardar o essencial do sistema binário" e "acautelar a especificidade e reconhecer o importante contributo do ensino politécnico". Por isso, devia ser o "próximo Presidente [Cavaco Silva] a ocupar-se" da matéria.
Durante todo o processo, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos denunciou que a nova lei discriminava o seu ensino, porque as suas licenciaturas só têm três anos de duração, ao passo que as universitárias podem ter mais um. E os politécnicos não podem oferecer doutoramentos. [...]
("Reitores temem que atrasos de Bolonha comprometam novo ano" - jornal Público em 15/3/2006)
Etiquetas: Ensino Superior
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