Olimpíadas Ibero-Americanas de Matemática - Uma medalha de ouro para Portugal
Imagem da equipa portuguesa com o João Guerreiro (medalha de ouro portuguesa) ao centro, de camisola laranja. Parabéns!!!
Do "Público":
É o melhor resultado de sempre para Portugal, à 22ª edição das Olimpíadas Ibero-Americanas de Matemática. Uma medalha de ouro para João Guerreiro, prata para João Matias e bronze para Vasco Moreira. Arrecadaram pontos suficientes para os três lugares do pódio, numa iniciativa que reúne anualmente jovens génios da matemática de 23 países.
[...] As Olimpíadas Ibero-Americanas decorreram pela primeira vez em Portugal, com a participação de cerca de 90 crânios da matemática, com idades entre os 15 e os 19 anos, apurados entre os melhores dos seus países. A iniciativa foi organizada pelo departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Matemática e valeu a Portugal a primeira medalha de ouro numa competição internacional. Mas o prémio requer uma explicação adicional, disse ao PÚBLICO Paula Oliveira, presidente da comissão organizadora. “São atribuídas medalhas no máximo a metade dos participantes. Estipulado um número de atribuições, um sexto são medalhas de ouro, dois sextos prata e metade dos medalhados recebe bronze”. As medalhas são atribuídas de acordo com o ranking geral de pontuação. “O João Guerreiro ficou no terceiro lugar do ranking o que é uma classificação extraordinária”, disse Paula Oliveira. Das oito medalhas de ouro atribuídas, o lugar de melhor entre os melhores coube a um jovem da Argentina, com o total de 33 pontos mas João Guerreiro ficou pouco abaixo, com 29 pontos. Aos 17 anos, o grande vencedor português não se lembra do momento exacto em que começou a gostar de matemática mas tem um percurso exemplar. Participou nas primeiras olimpíadas nacionais no 9º ano e agora, em vésperas de entrar para a faculdade, guarda várias prémios nacionais e duas medalhas de bronze em competições internacionais. [...]“Os problemas não exigem conhecimentos universitários, mas sim reflexão”, disse Paula Oliveira, que quer desmistificar o preconceito ainda existente em relação aos “crânios”: são pessoas normais, naturalmente com uma apetência especial mas com os mesmos desejos, brincadeiras e o humor de qualquer jovem.“[...] “Fala-se da matemática pelas piores razões, pelo insucesso. E muitas vezes dizer-se que o conhecimento está ancorado na matemática não passa de um chavão, as pessoas não sabem o que isso significa”, diz Paula Oliveira. “Uma pessoa que tem uma preparação matemática está tão habituada a reflectir e a manobrar entidades abstractas que tem uma facilidade especial em solucionar qualquer problema”. É aqui que estas competições são úteis. “A matemática estimula as pessoas a aprender mais, a estudar e a desenvolver as suas capacidades”, diz João Matias, o rapaz que ganhou prata nesta selecção da matemática. “Esta vitória tem para nós o mesmo significado que haver medalhados nos Jogos Olímpicos”, desabafa Paula Oliveira, sobre um país que não percebe o valor da disciplina. “A matemática é uma nova profissão e cheia de saída. Um matemático pode ocupar muitas carreiras: é alguém que pensa bem e tem uma enorme preparação mental”.
É o melhor resultado de sempre para Portugal, à 22ª edição das Olimpíadas Ibero-Americanas de Matemática. Uma medalha de ouro para João Guerreiro, prata para João Matias e bronze para Vasco Moreira. Arrecadaram pontos suficientes para os três lugares do pódio, numa iniciativa que reúne anualmente jovens génios da matemática de 23 países.
[...] As Olimpíadas Ibero-Americanas decorreram pela primeira vez em Portugal, com a participação de cerca de 90 crânios da matemática, com idades entre os 15 e os 19 anos, apurados entre os melhores dos seus países. A iniciativa foi organizada pelo departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Matemática e valeu a Portugal a primeira medalha de ouro numa competição internacional. Mas o prémio requer uma explicação adicional, disse ao PÚBLICO Paula Oliveira, presidente da comissão organizadora. “São atribuídas medalhas no máximo a metade dos participantes. Estipulado um número de atribuições, um sexto são medalhas de ouro, dois sextos prata e metade dos medalhados recebe bronze”. As medalhas são atribuídas de acordo com o ranking geral de pontuação. “O João Guerreiro ficou no terceiro lugar do ranking o que é uma classificação extraordinária”, disse Paula Oliveira. Das oito medalhas de ouro atribuídas, o lugar de melhor entre os melhores coube a um jovem da Argentina, com o total de 33 pontos mas João Guerreiro ficou pouco abaixo, com 29 pontos. Aos 17 anos, o grande vencedor português não se lembra do momento exacto em que começou a gostar de matemática mas tem um percurso exemplar. Participou nas primeiras olimpíadas nacionais no 9º ano e agora, em vésperas de entrar para a faculdade, guarda várias prémios nacionais e duas medalhas de bronze em competições internacionais. [...]“Os problemas não exigem conhecimentos universitários, mas sim reflexão”, disse Paula Oliveira, que quer desmistificar o preconceito ainda existente em relação aos “crânios”: são pessoas normais, naturalmente com uma apetência especial mas com os mesmos desejos, brincadeiras e o humor de qualquer jovem.“[...] “Fala-se da matemática pelas piores razões, pelo insucesso. E muitas vezes dizer-se que o conhecimento está ancorado na matemática não passa de um chavão, as pessoas não sabem o que isso significa”, diz Paula Oliveira. “Uma pessoa que tem uma preparação matemática está tão habituada a reflectir e a manobrar entidades abstractas que tem uma facilidade especial em solucionar qualquer problema”. É aqui que estas competições são úteis. “A matemática estimula as pessoas a aprender mais, a estudar e a desenvolver as suas capacidades”, diz João Matias, o rapaz que ganhou prata nesta selecção da matemática. “Esta vitória tem para nós o mesmo significado que haver medalhados nos Jogos Olímpicos”, desabafa Paula Oliveira, sobre um país que não percebe o valor da disciplina. “A matemática é uma nova profissão e cheia de saída. Um matemático pode ocupar muitas carreiras: é alguém que pensa bem e tem uma enorme preparação mental”.
Etiquetas: Matemática
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