A minha aventura de deixar o carro em casa.
Hoje fui mais uma vez a Évora. Habitualmente vou no meu carro, demoro 1:30H de minha casa até à faculdade. Desta vez, atendendo aos tempos que correm, resolvi ir nos transportes públicos para poupar gasolina.
Para lá fui de comboio. Tive de ir a pé 10 longos minutos com uma pesada mochila às costas até à estação de metro mais próxima de casa. Chegada à bilheteira do comboio fui informada que estava cheia de sorte, pois com a greve dos maquinistas, muitos dos comboios previstos não circulavam, mas o meu, das 8:20h realizar-se-ia. Que bom. E à volta para cá? Perguntei. Basta telefonar para a estação para saber se há o comboio previsto no horário? Não, responderam-me. Tem de ir pessoalmente à estação. Muito eficaz! A estação fica longíssimo do centro e eu teria de ir à estação para ficar a saber que não havia comboio?
À chegada a Évora, uma colega foi gentilmente buscar-me à estação. Senão teria de ir de táxi.
À volta, para Lisboa vim no Expresso. Mais uma vez incomodei outro colega que me levou da faculdade até ao terminal das camionetas que fica fora das muralhas de Évora.
A minha mochila carregadíssima com o computador portátil e um monte de papeis fazia-me sentir que estava a cumprir a via-sacra. Do terminal dos Expressos em Sete-Rios até minha casa tive de dar uma volta enorme por várias linhas de metro e depois vir a pé os longos 10 minutos até casa. Demorei muitíssimo mais tempo que de carro e cheguei estafada.
Conclusão: apesar da minha boa vontade em preferir os transportes públicos ao uso individual do carro, ainda não estou convencida. Os transportes públicos não são eficazes. Não há ligações fáceis entre eles. Não cobrem eficazmente o território. Só conseguirão fazer com que as pessoas deixem de usar o carro se melhorarem os transportes públicos. Há quem diga que isso não interessa, pois grande parte das receitas do estado vem do imposto sobre a gasolina e gasóleo, por isso não interessa diminuir o seu consumo. Gostava muito de saber se o Sr. Vital Moreira tem automóvel, ou se tendo, prescinde dele a bem da nação.
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