Bodybalance
Hoje, no final da aula de bodybalance, no Holmes, a professora dizia: relaxem, fechem os olhos, imaginem que estão a fazer a viagem dos vossos sonhos, tudo é perfeito à vossa volta, as pessoas, os cheiros, as cores, sentem uma felicidade enorme... e as lágrimas teimosas correram-me pelo rosto... por sorte estávamos às escuras!
Eu tento fazer "reiniciar", mas o meu pc interno teima em não eliminar os velhos ficheiros. A memória não se apaga.
Hoje aprendi que os tempos felizes são um conjunto limitado. Quase um conjunto de medida nula. Eu diria que a infelicidade reina quase por toda a parte. Só posso contar comigo mesma. E há um mar imenso, de horizontes ilimitados, à minha frente. Posso fazer tanta coisa! Tenho tantos caminhos a desbravar!
Já passou! Hoje tenho vários seminários interessantes. Não há como a matemática para me fazer esquecer as pequenas infelicidades pessoais. 1, 2, 3, ... desde pequena quando queria esconder as minhas emoções e impedir as lágrimas de saltarem, socorria-me dum pequeno estratagema. Começava a contar qualquer coisa que estivesse à minha frente. Podia ser o número de prateleiras da estante, o número de gavetas dum móvel, o número de degraus, o número de livros, etc... assim me libertava. Isto é um segredo muito meu. Mas quem me lê? Estou aqui sozinha na minha torre dourada. Ninguém me vê.
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