Boas notícias 3
Pode ler-se no Portugal Diário, declarado por Mariano Gago:
«O único conselho que posso dar aos estudantes é que estudem para obter essa qualificação mínima (9,5 valores), porque nós precisamos de pessoas qualificadas para entrarem no ensino superior»,
Nos últimos anos tem-se assistido ao combate ao insucesso escolar dos alunos do secundário mediante a "simplificação" dos programas e a diminuição do grau de exigência. Concretamente, na matemática, houve muitas matérias que foram eliminadas dos programas, cortaram-se muitas demonstrações. Exigir às crianças do ensino básico que decorem a tabuada passou a ser anti-pedagógico. E como este, há inúmeros exemplos no ensino secundário. Já ninguém sabe calcular uma raiz quadrada. Deixou de se ensinar certos encadeamentos lógicos que permitem perceber como surgem alguns resultados. Assim, esses resultados aparecem ao estudante, como que "caídos do céu", estranhos, e ficam difíceis de assimilar.
Facilitando desta maneira, está-se a reduzir o nível do ensino. É altamente prejudicial.
Façamos um paralelismo com a aprendizagem de condução de veículos. Se um aluno tiver dificuldade em usar a da caixa de mudanças e o instrutor lhe disser: "Não se preocupe, use a mudança que lhe apetecer", ou "pode andar sempre em primeira", ou, se um aluno tiver dificuldade em decorar o Código e o instrutor o dispensar de saber uns quantos capítulos, estará este instrutor a preparar um bom condutor? Estará este instrutor a prestar um bom serviço ao aluno e aos restantes utilizadores das estradas?
Aqui toda a gente compreende que não. Então, porque é que no ensino se considera que aprovar alunos que não sabem matemática é um bom serviço ao País?
Neste momento, temos emigrantes dos países de Leste, a trabalhar em Portugal na construção civil, que sabem mais matemática do que muitos dos nossos licenciados. Nalguns países não se cedeu à tentação deste facilitismo. Felizmente!
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