Tenho andado muito arredada destes sítios. Já devo ter perdido os poucos leitores que tinha. Paciência! Não me importo. Nunca cheguei a saber bem o que pretendia com o meu blog. Escrever o que apetece! Que maravilha! Antevejo um espaço de liberdade sem limites. Um espaço ilimtado. Mas não. Nem por isso. Já me dei a conhecer o suficiente para não poder dizer tudo o que me apetecia. Depois de um período um tanto intimista, resolvi ser mais comedida e escrever sobretudo sobre o ensino superior. Mas é precisamente nesse campo que não posso dizer o que me vai na alma, o que me atormenta. Por isso me tenho mantido calada.
Mas estes dois últimos dias têm sido, para mim, fora do comum. Ontem fui a um funeral dum primo afastado mas de que gostava imenso. Tinha 94 anos. Uma vida cheia, muito humor, um gosto enorme de conviver, de saber tudo, de elaborar planos. Fui adiando sucessivamente a visita que pensava fazer-lhe e perdi a oportunidade! Que pena! Ainda me lembro como me deixava envergonhada, há muitos anos, ao apresentar-me às numerosas pessoas suas conhecidas com que se cruzava em Lagos, nas quentes noites de Agosto, dizendo "Já ensinou milhares de engenheiros".
Quando cheguei a casa recebi a notícia do nascimento dum novo priminho, que já me mandou Boas Festas pelo Natal. Estranha a vida. Uns desaparecem, outros nascem. Mas há pessoas que não deviam partir.
E amanhã vou a um casamento. Mais um! Desta vez de alguém muito chegado. Do meu enteado. Mas eu entusiasmo-me tanto com estas coisas, que me desdobro em actividades para ajudar os jovens noivos. Os próprios pais ficam um tanto admirados e surpreendidos com a minha atitude. Nada de especial. Gosto deles, e gosto de tudo o que é belo. Só isso.
Pronto! Tive uma recaída! Desculpem-me.
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