Funcionários públicos "a mais"
Hoje fui à biblioteca do Instituto onde lecciono para renovar a requisição dum livro.
Durante muitos minutos aguardei que chegasse algum funcionário… nada! Não se via vivalma com ar de funcionário de biblioteca. Só muitos alunos. Uns sentados a estudar, outros junto das prateleiras a escolher e consultar livros. Vagueei por entre as filas de prateleiras procurando… infrutiferamente.
Por fim, ouvindo ruído de conversas atrás duma porta, bati, entrei e perguntei. Saiu alguém que gentilmente me informou que todos os funcionários da biblioteca se encontravam em reunião para resolver um grave problema: o seu reduzido número, com tendência para piorar, pois estava iminente a reforma de mais um!
Apesar de já não serem suficientes para garantir a cobertura de todo o horário em que a biblioteca costuma estar aberta, ainda vão ser menos. E não se pode contratar mais!
Assim só temos duas hipóteses. Ou se reduz o horário em que a biblioteca está aberta, com evidente prejuízo para todos os alunos e docentes que a utilizam, ou se deixa todo o recheio da biblioteca desprotegido, à mercê de qualquer um que pode entrar, servir-se dos livros ou revistas que quiser e sair levando o que lhe apetecer!
Perante esta e outras realidades, torna-se muito difícil engolir a tão propalada afirmação de que há funcionários públicos a mais. Nos meios em que me movimento, isso não é verdade. Poderá eventualmente ser noutros locais. Mas neste caso, uma regra que proíbe a contratação de funcionários em todos os serviços, independentemente de saber se realmente fazem falta, ou não, parece-me uma medida cega, errada e prejudicial para todos. Das duas uma, ou se privatizam esses serviços, ou pura e simplesmente, muitos vão ter de fechar.
Etiquetas: Ensino Superior, Política
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