Conduta exemplar e educativa
Vi hoje no Público online.
Esta deputada é um retrato vivo da “esperteza saloia” muito comum entre nós.
Mas que grande descoberta! “Meter” baixa num “emprego” e ir trabalhar para outro!!! Mais uns cobrezitos… 72 euros por dia… dá para aí uns 1600 a 1700 euros a mais por mês… nada mau. Mais dinheiro, com menos fadiga e mais perto da família! Grande achado!
Qualquer pessoa "normal" nem sequer pode sair de casa, quando está de "baixa", pois pode a fiscalização aparecer...
E há uma certa classe profissional que é penalizada na sua carreira se "meter baixas" a sério, ou seja, mesmo por motivo verdadeiro, de doença. Mais de 9 faltas ... mesmo se devido a uma operação a sério, ... ou uma licença de parto... Claro que é preciso combater o absentismo... mas combater a sério seria impedir de alguma maneira os atestados fraudulentos e as faltas injustificadas. E para todos, não apenas para uns quantos.
Verdadeiramente exemplar e educativo. Uma DEPUTADA !!!
Com “espertices” destas (e haverá muito piores, com certeza) como sairemos alguma vez do lamaçal em que estamos?
Acabar com o défice? Em Portugal isso nunca será possível.
É uma questão de mentalidade. E por mais que mudem os governos ou mesmo os regimes, esta maneira de ser dos portugueses, não se altera.
Por mais leis que se façam, por mais cortes nas escolas, nas universidades, na saúde, no número de maternidades e hospitais abertos, nos vencimentos, nas reformas, no número de funcionários públicos, não há “poupanças” que resistam à corrupção e esquemas particulares que alguns usam para tirar proveitos ilícitos. Isto até nem é nada … ela só queria estar perto de bebé… (não o podia trazer para Lisboa, a seguir à licença de parto?… )
Quantas mães nem sequer têm licença de parto! Tenho um familiar, uma jovem advogada, que só teve, a seguir ao parto, 15 dias de “baixa”. E foi com um atestado porque foi sujeita a uma cesariana! Depois disso, apesar de estarem na mesma cidade, o bebé teve de se contentar com o biberão. Agora pode-se tirar o leite, congelar e depois de aquecido, dar ao bebé o leite materno. Sabia, sra. deputada? Essa desculpa não pega!
"alguém que fique o dia inteiro com o bebé" é o problema que todas (todas as que não são deputadas...) as jovens mães têm de enfrentar.
Mas o pior desta situação é que isto não aconteceu com um empregadozito qualquer, não qualificado e pouco visível.
O descaramento é tal, que isto se passa em órgãos do topo da hierarquia do estado: a Assembleia da República e uma Assembleia Municipal.
Espantosa esta sensação de impunidade. Que importância pode ter esta pequenina falcatrua comparada com o panorama geral? Deve pensar a jovem deputada... O que vê à sua volta deve ser muito mais grave e não acontece nada... É naif, sem dúvida!
Etiquetas: Política
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