“Plano Nacional de Matemática”
Vi no Avesso do Avesso e concordo tanto, que transcrevo para aqui.
"Quando as letras não pagam as expectativas
No Diário de Notícias de domingo, é-nos apresentada uma série de licenciados no desemprego ou que vivem de biscates. Entre eles inclui-se uma antiga colega de blogue minha.Olhando para o perfil dos licenciados em questão, vê-se que todos eles têm algo em comum. O quê? Não o terem estudado numa universidade privada: a maioria dos seleccionados até estudou no sector público. (Embora o desemprego de licenciados afecte sobretudo alunos de universidades privadas que apostam em cursos baratos – para a universidade -, de “papel e lápis”, sem qualquer preparação técnica, só para “garantir o canudo” ao cliente – o aluno.) O ISCTE, por exemplo, “contribui” com dois alunos, não ficando nada bem visto (o que, comparado com outras universidades, acaba por ser injusto). Mas qual é o problema? O que têm todos em comum? Muito simples: são “de letras” no secundário. Não estudaram matemática a partir do 10º ano. E agora deu nisto que se vê. É essa a característica básica do desempregado licenciado. Anos e anos de tolerância com o desinteresse e as más notas pela matemática deram nisto.Mais do que um “Plano Nacional de Leitura”, do que Portugal precisa urgentemente é de um “Plano Nacional de Matemática”. Que poderia começar pela obrigatoriedade da frequência desta disciplina até ao 12º ano, qualquer que fosse o “agrupamento” de opção escolhido."
Mas... estudar matemática até ao 12º ano e depois seguir um curso de letras, talvez não altere muito a empregabilidade do licenciado. Seria preciso um pouco mais: habituar as pessoas a pensar e treinar o raciocínio lógico. Cada vez mais os alunos chegam à faculdade com o vício de não pensar. Querem "receitas" para resolver os problemas. Isto acontece mesmo em alunos que tiveram matemática até ao 12º ano. Mas não esquecer que também faz falta saber escrever.
Etiquetas: Ensino, Matemática
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