A complacência magna neste assunto, em contradição magnífica e flagrante com um suposto grau de exigência ético, no passado, permite que se questione a evolução democrática portuguesa ou se avalie a natureza da própria democracia que temos e somos. Um país tido como de brandos costumes, alterna a contemporização mais laxista, com a intolerância mais acerbada, e a incerteza dos valores assentes, permite a certeza do futuro dos sociólogos e crónicos do regime e do contra...
Nesta jangada de pedra da democracia pátria, a ética na política, parece uma moda, apresentada pelos jornais...
A corrupção, nunca se assumia porque não existia, até prova em contrário que nunca se fez. As leis que a combatem são sistematicamente combatidas na Assembleia por quem numa lógica perfeita, se recusa a combater o que não existe. Os inquéritos no Parlamento, destinados a apurar responsabilidades ético-políticas, redundam sempre no mesmo destino conhecido antecipadamente: conclusões de geometria variável conforme a maioria que vota. A verdade, nisto tudo? Um pormenor casuístico, procurado apenas por interesse politicamente relevante ou ...
A prova, cabal e de demonstração directa, está à vista de todos.
(via Grande Loja do Queijo Limiano)
Nesta Páscoa da Cidadania o segredo foi mesmo a rede, a Net. Mas... chiu!... Não contem a ninguém. Eles ainda pensam que o problema foi Fulano ou Beltrano... Não aprenderam e continuaram - e continuam (?!...) - a agir como sabiam: controlar os intermediários, os media - porque, pensam, se os controlarem, mesmo descaradamente se tivesse de ser (e tem sido...), os cidadãos nada sabem...
Se o problema fosse de um meio só, como a faísca do pavio lento Do Portugal Profundo (primeiro em 22-2-2005 e nesta segunda fase após os recados ostensivos do reitor da Universidade Independente Luís Arouca ao 24 Horas de 28-2-2007) teria sido contido. Mas alastrou rapidamente para os blogues de José Maria Martins, da Grande Loja do Queijo Limiano, do Braganza Mothers, da CidadaniaPT ou do Portugal dos Pequeninos; e do Insurgente, do Blasfémias, da Arte de Fuga, da Nova Floresta, do Ruvasa, de Sobre o Tempo Que Passa, dos Pleitos, Apostilas e Comentários, do Fora do Baralho, da Atlântico, do Abrupto, do Tomar Partido, do Sexo dos Anjos, do Corta-Fitas, da Origem das Espécies, do Democracia em Portugal, do Sorumbático, do Vale a Pena Lutar! e outros que peço desculpa de não citar, dos mais variados matizes e opções ideológicas. E daí para a blogosfera em geral, para os fóruns de opinião e temáticos, para os mails, a rua - depois para os reboques dos jornais (e a opinião dura dos cronistas, como os insuspeitos António Barreto e Vicente Jorge Silva), das rádios, as TVs...
Não é tampouco possível a manutenção da realpolitik de cariz ditatorial, descontrolada, cínica, alheia à informação e opinião do povo. Não se pode admitir uma farsa de razão de Estado que aliena o povo num delírio perigoso que chega a admitir, à outrance, o próprio juízo ostensivo de oportunidade judicial de factos jurídicos escandalosos!... O povo passou a contar! Inclusivamente, no intervalo das eleições quadrianuais...
(Via Do Portugal Profundo)
Etiquetas: País real
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