O ensino público perde assim os seus melhores.
A fuga em massa para a aposentação de muitos dos docentes colocados no topo da carreira é uma óptima notícia para o ME, assim como para o Ministério das Finanças.
Mesmo perdendo entre 25 e 40% dos seus salários são muitos os docentes acima dos 55 anos e com mais de 30 anos, 35 mesmo, de serviço que decidiram desistir de permanecer como cobaias no laboratório particular dos frequentadores da 5 de Outubro (e da 24 de Julho, não esquecer…).
Eu também conheço pessoalmente, docentes que preferem perder uma percentagem do vencimento com a aposentação antecipada, do que aguentar mais tempo esta humilhação e degradação constante. Conheço outro professor que pediu licença sem vencimento, pelos mesmos motivos. Ele é reconhecido por muita gente com um excelente professor. Os alunos debatem-se e imploram para ter explicações com ele. Consegue aquele valorzinho que faz toda a diferença para poder entrar em Medicina. Os seus alunos são de 18 para cima. O ensino público não valoriza isto: saber ensinar. Ocupa os professores em tarefas entediantes e inúteis, subtraindo-lhes o gosto por ensinar. O ensino público perde assim os seus melhores.
Ver outros tristes exemplos aqui.
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